FaunaOsga-comum
Nome Comum: Osga-comum
Nome Científico: Tarentola mauritanica
Família: Gekkonidae
Distribuição
Esta espécie ocupa o Sul da Europa (Península Ibérica, Sul de França, Itália e ex-Jugoslávia), várias ilhas mediterrânicas e o Norte de África, de Marrocos ao Egipto. É a osga mais amplamente distribuída em Portugal, estando apenas ausente em parte do quadrante Noroeste.
Descrição
A osga-comum é um réptil com um comprimento de 9 cm. O seu corpo é plano, olhos com pupila vertical e a cabeça bem distinta do resto do corpo. Esta é coberta por escamas poligonais ou hexagonais na parte superior. Também as costas são recobertas por escamas granulosas de pequenas dimensões. Já o ventre demonstra escamas planas e hexagonais. O tamanho da cauda é igual ao do resto do corpo e esta apresenta anéis tuberosos significativamente salientes. Os seus membros têm cinco dedos com lamelas digitais não subdivididas e só alguns dedos possuem unhas rectráteis e bem desenvolvidas. A sua cor é muito diversa, dependentemente do seu habitat e do seu estado fisiológico, mas no geral, o seu dorso é de cor branco-acinzentado, com tons castanhos-claros, enquanto que, o seu ventre é branco-amarelado ou acinzentado. Nesta espécie existe algum dimorfismo sexual onde os machos são maiores e mais pesados que as fêmeas. Também na juventude as suas cores são mais desbatidas, mas, em compensação as suas bandas são mais contrastantes.
Comportamento
São répteis hibernantes durante os meses mais frios (Novembro até Março). Mas nas regiões mais quentes são activos, tal como, no Verão que apresentam actividade crepuscular e nocturna. A actividade diurna acontece com a chegada da Primavera e do Outono.
Alimentação
A sua dieta engloba principalmente, aranhas, formigas, moscas, escaravelhos e mosquitos. Mas podem igualmente ingerir produtos vegetais e pequenas lagartixas.
Reprodução
Esta espécie reproduz-se duas vezes por ano. Uma em Março ou Abril e outra em Junho e Julho. Cada fêmea põe em média 2 ovos em locais debaixo de pedras ou em fendas. É usual estes ninhos serem utilizados por várias fêmeas para a postura. As crias demoram entre 40 a 120 dias a nascer. Nesta fase estes animais demonstram-se mais territoriais.
Habitat
A osga-comum é característica de locais rochosos, como por exemplo, muros, rochas, pedras, paredes de edifícios, entre outros, mas também se pode observar em troncos de árvores, partilhando assim, estes habitats com outras espécies com quem convive. As zonas urbanas e rurais não são limitantes à sua existência.
Conservação
O sardão, a víbora-cornuda, a cobra-de-escada, a geneta e a coruja, são exemplos de predadores naturais que não constituem ameaça à sua abundância. Dessa forma, é uma espécie “Não Ameaçada” em Portugal e faz parte da lista do Anexo III da Convenção de Berna.
Curiosidades
As osgas são animais curiosos, isto porque, possuem características muito diferentes do habitual. Um exemplo, é a sua capacidade de se fixarem a superfícies verticais, que deve-se ao efeito de sucção proveniente das lâminas que possui nos dedos e às sedas que revestem essas lâminas. Também a capacidade de mudarem de cor conforme as condições do meio em que habitam e o seu estado fisiológico é interessante. Outra particularidade desta espécie é a perda da sua cauda quando se sente ameaçada que se regenera naturalmente com o tempo. Para além disso, quando são capturadas emitem sons iguais aos que utilizam para comunicar entre si. São répteis que podem viver até 4 anos em ambiente natural e 9 anos em cativeiro. Gostam de ficar perto de lâmpadas acesas já que as luzes atraem muitos insectos de que se alimentam.
Fotos: WIKIMEDIA COMMONS


