Carrasco | Terras de Sicó

É uma espécie tradicional de toda a região mediterrânica. Em Portugal encontra-se com maior facilidade no Centro e Sul. É uma árvore que se encontra bem adaptada aos terrenos secos e pobres. A facilidade com que se reproduz vegetativamente (especialmente pela raiz), depois dos incêndios ou dos ataques dos herbívoros é a característica mais vantajosa que possui. A sua capacidade de resistir aos fogos permite-lhe ser a espécie arbustiva dominante nos primeiros anos após os incêndios.

Arbusto perene, com cerca de 2 m de altura (pode atingir excepcionalmente entre 8 a 12 m); Folhas persistentes, verde-escuras e brilhantes na página superior e verde-amareladas na inferior, rígidas, forma ovada a lanceolada, com margens serradas a dentadas e espinhosas; Floresce entre os meses de Abril e Maio mas só dá fruto no mês de Agosto do ano seguinte; Fruto é a glande (bolota) e tem uma cúpula com escamas.

Solos pobres, pedregosos e secos, em especial os calcários.

Todo o ano.

A principal função do Carrasco é a delimitação de terrenos agrícolas formando densas sebes, para além, de proteger os solos empobrecidos relativamente aos fogos. As raízes podem ser utilizadas como combustível para as lareiras ou para produção de carvão. Apesar das bolotas desta espécie serem mais amargas, estas são dadas aos animais como alimento (em particular às cabras e aos cervídeos). Ainda ao nível da cinegética o Carrasco é muito importante, pois garante bons abrigos aos: coelhos, lebres, perdizes, entre outros, desta forma garante a conservação da biodiversidade.

Antigamente usavam bolotas tostadas para falsificar o café e picadas para mascarar vinhos adulterados. Planta hospedeira de insectos, dos quais, antigamente se retiravam corantes vermelhos.

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