FloraSobreiro

Nome Comum: Sobreiro

Nome Científico: Quercus suber L.

Família: Fagaceae

Quercus Suber
Quercus Suber 
Quercus Suber
Quercus Suber 

HISTÓRIA

É uma espécie típica do Sul da Europa e do Norte de África. Em Portugal ocorre um pouco por todo o país, seja espontâneo, plantado ou semeado. Quando assim o é, constitui povoamentos designados montados, onde estes coexistem com uma cultura agrícola ou um pasto. É uma árvore conhecida por se adaptar bem à sombra, crescendo bem à beira de árvores grandes e por isso é chamada de “árvore de sombra”.

DESCRIÇÃO

Árvore perene, de altura média entre 15 a 20 m (pode excepcionalmente atingir os 25 m); Tronco com casca suberosa e espessa (cortiça); Folhas persistentes, verde-escuras brilhantes na página superior e acinzentadas na inferior, de forma oval e margens de um serrado ou dentado ligeiro; Floração de Abril a Junho; Fruto de forma aval-oblonga, com o nome de glande e que tem maturação no Outono do 2.º ano.

HABITAT

Todos os tipos de solos (não tolera muito bem os calcários).

USOS TRADICIONAIS

O sobreiro é principalmente utilizado para produzir cortiça, sendo este o produto do qual Portugal é o principal detentor a nível das produções e exportações. A cortiça é boa no isolamento térmico e acústico, para além de, ser muita usada no fabrico de rolhas, revestimentos, produtos de decoração, calçado, tapetes, etc. Até os desperdícios são utilizados para o fabrico de aglomerados, para a indústria de linóleo e para serradura de cortiça. A glande, os ramos e folhas servem de alimento aos animais. A sua madeira é utilizada para lenha.

CURIOSIDADES

Esta espécie tem o nome de sobreiro porque os romanos lhes chamavam suber, que é o nome do tecido vegetal que é extraído (cortiça), vindo daí a actual designação de sobreiro. A cortiça é a componente mais marcante desta espécie, esta tem uma função muito importante na árvore que é a de protecção contra o fogo. Existente em regiões marcadamente sujeitas a incêndios regulares, esta característica permite-lhe sobreviver onde muitas outras espécies não conseguem. A cortiça deve ser retirada (descortiçamento) somente de nove em nove anos.

FOTOS: WIKIMEDIA COMMONS